Planilha de Excel com fórmulas SE e critérios de aumento salarial para equipe de RH

Fórmulas condicionais no Excel sempre levantam dúvidas. Não só de quem está começando: muita gente no RH, gestão e áreas similares esbarra nessas funções na hora de tomar decisões diretamente na planilha. E foi por isso que, aqui na Motim Educação – escola de treinamento que tem ajudado empresas e equipes de RH a dominarem tecnologia corporativa desde 2015 – em nossa plataforma de alunos, surgiu uma questão real de um dos alunos: Lucas queria saber como montar um cálculo de aumento salarial com base em diferentes critérios. Este artigo é um guia prático que responde a essa dúvida, inspirado no nosso vídeo (já disponível acima) e reforçando uma metodologia que prioriza situações do cotidiano. Se você já cansou de fórmulas que parecem labirintos sem fim, prepare-se.

Como tudo começa: o desafio do aluno

Lucas trabalha no RH e, como muita gente, precisava aplicar critérios de aumento salarial de maneira automatizada e confiável. Resume o problema assim:

  • 15% de aumento para mulheres com mais de 3.500 dias na empresa;
  • 10% para quem tem mais de 3.500 dias ou salário inferior a R$ 3.000;
  • Para os demais, 5% de ajuste.

Esse tipo de situação é bem mais comum do que parece em empresas – seja para salários, descontos, bônus, promoções, enfim. O RH lida o tempo todo com regras baseadas em diferentes condições do banco de dados, onde cada linha pode representar uma exceção.

Quando a regra é diferente para cada colaborador, a solução está em fórmulas condicionais.

Lucas já sabia usar o básico do Excel, mas se enrolava na hora de aninhar condições usando SE, E, OU e, por fim, a SES. Antes de entrar nos exemplos, vale lembrar que essas fórmulas (e outras, como SOMA ou ESQUERDA) formam o “alfabeto” de quem quer fazer análises mais inteligentes no Excel.

Planilha de Excel mostrando colunas de nome, sexo, salário, tempo de empresa, e coluna para cálculo do aumento salarial Primeiros passos com a função se

A função SE permite realizar comparações lógicas no Excel. A estrutura é assim:

=SE(teste_lógico; valor_se_verdadeiro; valor_se_falso)

No caso do Lucas, o “teste_lógico” precisaria saber, por exemplo, se a pessoa é mulher e tem mais de 3.500 dias. Na visão tradicional, muita gente tentaria essa abordagem:

=SE(E(gênero="F"; dias_empresa>3500); salário*1,15; SE(OU(dias_empresa>3500; salário<3000); salário*1,10; salário*1,05))

Repare, são vários “SE” dentro de “SE”, o que rapidamente deixa a fórmula difícil de ler e de corrigir. Isso é muito comum, mas pode virar uma armadilha. Errou um parêntese, tudo desanda.

Adicionando complexidade: quando usar e, ou e não

Na prática, as funções E e OU são usadas dentro da estrutura do SE para criar testes lógicos compostos:

  • E: todas as condições precisam ser verdadeiras (por exemplo, “mulher” e “mais de 3.500 dias”);
  • OU: basta que uma seja verdadeira (por exemplo, “mais de 3.500 dias” ou “salário inferior a R$ 3.000”);
  • NÃO: inverte o resultado lógico (menos comum nesse caso, mas útil em outras situações do RH).

Na aplicação prática para o problema do Lucas, ficaria assim:

=SE(E(gênero="F"; dias_empresa>3500); salário*1,15;  SE(OU(dias_empresa>3500; salário<3000); salário*1,10;    salário*1,05))

Pode parecer complicado, mas olhe de novo: a hierarquia respeita as regras.

  • Primeiro, verifica a condição mais restrita: “mulher e mais de 3.500 dias”.
  • Se não for esse grupo, testa “mais de 3.500 dias ou salário menor que 3.000”.
  • O restante entra no último caso, que é o ajuste de 5%.

E se você quiser visualizar melhor, recomendo conhecer recursos como validação de dados no Excel para evitar erros na digitação do gênero, por exemplo.

Misto de clareza e flexibilidade: é isso que procuramos nas fórmulas do RH.

A função ses: clareza na tomada de decisão

A função SES no Excel nasceu para simplificar justamente situações como a que o Lucas enfrentou. Com ela, você não precisa aninhar tantos “SE” e o risco de perder no meio dos parênteses praticamente some.

  • Cada condição vem acompanhada do respectivo resultado, tudo numa linha só.

Veja como ficaria:

=SES(E(gênero="F"; dias_empresa>3500); salário*1,15; OU(dias_empresa>3500; salário<3000); salário*1,10; VERDADEIRO; salário*1,05)

Parece mágica, mas é apenas uma ferramenta bem pensada. Menos poluição visual e menos chance de erro. Isso deixa evidente qual condição retorna qual resultado, tornando as revisões muito mais tranquilas – além de “contaminar” positivamente o resto da equipe, que rapidamente aprende o padrão.

Profissional de RH analisando resultados de aumento salarial no Excel, sentado em frente ao computador Quando essas fórmulas estão bem aplicadas, as chances de erro despencam. A função SES, ao cuidar de múltiplas condições de uma vez, deixa a planilha mais transparente e fácil de manter.

Por que esse assunto é tão relevante?

Parece meio “programação”, mas é o tipo de habilidade que mais faz diferença no dia a dia corporativo. Saber montar e ler fórmulas lógicas cria uma vantagem competitiva real. Segundo a Motim Educação, a aplicação de fórmulas como SE, E, OU e SES representa um salto na autonomia de equipes. Quando o RH sabe estruturar essas condições, não depende de “planilhas mágicas” prontas e pode responder mais rápido, sem travar o fluxo de trabalho.

E quem já está avançando pode até emprestar ideias destas funções para outros contextos: seleção de candidatos, avaliações de desempenho, cálculo de bônus ou controle de benefícios. Até para tarefas do cotidiano, como formatar números de CPF, telefone e CNPJ, o conceito por trás dos testes lógicos ajuda muito.

Presentação e controle: mostrando resultados de verdade

Se a apresentação dos dados não revela rapidamente quem se enquadra em qual condição, o RH está apenas ocupando espaço no Excel, sem tirar proveito da ferramenta. É aqui que a clareza da função SES brilha. Pense: na revisão de auditoria, na prestação de contas, ou até mesmo ao explicar para a diretoria, transparência é tudo.

Ferramentas simples bem aplicadas continuam transformando rotinas: seja na folha de pagamento, em relatórios de negócio ou até no controle de indicadores (veja como avaliar o nível de Excel dos candidatos). Cada ajuste conta.

Formule perguntas melhores. Encontre respostas mais claras.

Conclusão: dê o próximo passo com praticidade

Dominar SE, E, OU e SES muda a maneira como o RH e as áreas técnicas atuam diariamente. Parece simples, ou até um detalhe, mas reduz tempo, evita retrabalho e gera segurança ao tomar decisões baseadas em dados. Não importa se a planilha é básica ou complexa: clareza, precisão e praticidade ganham força quando você entende o porquê de cada teste.

Se ficou alguma dúvida ou se a sua realidade puxa problemas ainda mais específicos, os especialistas da Motim Educação estão prontos para ajudar. Descubra métodos práticos de aprendizado personalizados e dê outro significado ao uso do Excel nos processos da sua empresa.

Perguntas frequentes sobre SE, E, OU e SES no Excel

O que é a fórmula SE no Excel?

A fórmula SE faz comparações lógicas em uma célula do Excel. Ela verifica se uma condição é verdadeira ou falsa e retorna um resultado diferente para cada caso. Serve para criar decisões automáticas, por exemplo: se uma meta foi atingida, aprova a bonificação. Mais detalhes podem ser encontrados na documentação da Microsoft.

Como usar E e OU juntos?

Você pode combinar as funções E e OU dentro do SE para testar várias condições ao mesmo tempo. Por exemplo, para saber se alguém é mulher e tem mais de 3.500 dias, usa E. Se precisa saber se uma ou outra condição serve (dias ou salário), usa OU. Eles tornam a fórmula mais flexível em situações onde só parte dos requisitos já basta para decidir.

Para que serve a função SES?

A função SES permite que você avalie múltiplas condições e retorne o valor para a primeira que for verdadeira. Evita o excesso de SEs aninhados, deixando tudo mais fácil de entender e revisar. É muito útil quando há muitas exceções, como em regras de promoção ou descontos, conforme descrito na página de suporte oficial.

Qual a diferença entre SE e SES?

O SE atende casos mais simples, com uma ou duas condições. Para sequências mais longas, precisaria aninhar muitos SEs, tornando a fórmula poluída e difícil de manter. Já o SES resolve isso com todos os testes numa única linha, facilitando leitura, ajuste e menos chance de errar nos parênteses.

Onde aplicar estas fórmulas em RH?

Servem para calcular aumentos salariais, controlar admissões, calcular benefícios, promoções automáticas, descontos, bonificações e identificar funcionários que atingiram certos critérios. Em qualquer situação onde critérios devem ser testados em lote, SE, E, OU e SES simplificam e padronizam o processo.

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Felipe Rochefeller

SOBRE O AUTOR

Felipe Rochefeller

Felipe Rochefeller é sócio na Motim Educação e apaixonado por Treinamento & Desenvolvimento, com forte interesse em metodologias que unem tecnologia, criatividade e aprendizado prático à educação corporativa. Ele dedica-se a produzir conteúdos que inspiram empresas e profissionais a superarem desafios por meio do desenvolvimento de habilidades essenciais no mundo corporativo, especialmente nas áreas de tecnologia, análise de dados e inovação no ensino.

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