Ilustração corporativa de planilha Excel mostrando funções MIN e CONT.SE para cálculo de menor valor sem zeros

Este artigo foi inspirado no vídeo acima e faz parte do nosso compromisso, aqui na Motim Educação, de tornar o aprendizado em tecnologia mais prático, próximo da realidade e menos engessado por fórmulas prontas. O tema é um clássico das planilhas corporativas: como encontrar, no Excel, o menor valor de um intervalo, desconsiderando os zeros, com precisão e rapidez, sem contar manualmente numa tabela imensa.

Por que o problema do zero confunde tanta gente?

Quem já trabalhou com planilhas de acessos ou vendas conhece o dilema: usar diretamente a função MIN(A1:A10) para encontrar o menor número de acessos em um intervalo frequentemente retorna zero, pois quem nunca acessou o serviço ou quem ainda não efetuou vendas geralmente é representado por esse valor nos registros. E aí surge a dúvida:

Como encontro o menor valor diferente de zero sem trabalho manual?

Inclusive, nos treinamentos da Motim Educação, esse tipo de questão aparece com frequência. Algumas pessoas tentam usar a função MÍNIMO para encontrar o "segundo menor valor" esperando solucionar o problema, mas aí se deparam com outro detalhe curioso: se houver mais de um zero, usar a função MENOR(A1:A10;2) ainda pode trazer zero como resposta, afinal, para o Excel não importa se o mesmo valor aparece várias vezes: ele apenas conta as ocorrências.

Trocas e aprendizados em grupo: um caso prático

Durante uma de nossas oficinas de Excel, uma participante perguntou, confusa:

Mas se há sete zeros, como faço para pular todos e pegar o próximo valor real?

Outros sugeriram: “Conte manualmente os zeros e aumente uma unidade no argumento da função MENOR.” Parecia simples, mas... imagine fazer isso em um relatório com milhares de linhas e atualizações diárias? Não escala.

Planilha de Excel mostrando dados com vários zeros e outros números

Pensamos juntos, cruzando as ideias do grupo, e sugerimos um caminho automático, baseado no uso da função CONT.SE para contar justamente quantos zeros há no intervalo. Isso permite parametrizar a busca pelo menor valor não zero com total flexibilidade. Assim, chegamos a uma receita objetiva para resolver essa dúvida de forma prática e reutilizável.

Entendendo o problema passo a passo

O que a função MIN faz?

De maneira objetiva: a função MIN retorna o menor valor de um intervalo, incluindo zeros. Portanto, se você tiver qualquer célula zerada no seu conjunto, ela será a resposta.

Por que não basta pedir o segundo menor valor?

Muita gente pensa logo em usar a função MENOR(intervalo;2) para ignorar o zero inicial, mas se houver dois ou mais zeros, ela apenas retorna o segundo zero. Isso pode frustrar expectativas e gerar erros em relatórios de acompanhamento, principalmente quando precisamos do primeiro valor efetivo positivo.

E se contarmos os zeros?

A sacada mais eficiente é automatizar a contagem de zeros e somar esse valor ao argumento da função MENOR. Por exemplo, se há sete zeros, precisamos buscar o oitavo menor valor, pois ele será o primeiro número diferente de zero da lista:

Nunca mais conte zeros manualmente em tabelas grandes.

Como aplicar no Excel: passo a passo para encontrar o menor valor diferente de zero

1. Contando quantos zeros existem no intervalo

Use a função CONT.SE(intervalo;0). Por exemplo, para a faixa A1:A10:

  • =CONT.SE(A1:A10;0)

O retorno será a quantidade de células zeradas.

2. Buscando o menor valor depois dos zeros

Agora, vamos usar o resultado da função CONT.SE dentro da MENOR. Assim, encontraremos o primeiro valor que não seja zero em nosso intervalo:

  • =MENOR(A1:A10;CONT.SE(A1:A10;0)+1)

Explicando em palavras simples: se existirem 5 células com zero, vamos pedir ao Excel o sexto menor valor. Esse será, finalmente, o menor valor diferente de zero.

3. Usando no dia a dia

Em nossos treinamentos na Motim Educação, sempre incentivamos que as fórmulas resolvam problemas reais, mesmo que envolvam dados grandes, que mudam toda semana. Esta abordagem evita erros e acelera o trabalho.

Fórmula Excel destacando o menor valor diferente de zero

Dica rápida: Evite fórmulas complexas demais

Durante nossos cursos, percebemos que quando tentamos criar soluções muito rebuscadas, as planilhas ficam difíceis de entender e manter. O raciocínio de usar CONT.SE para alimentar MENOR é direto, fácil de revisar e explicar para colegas, tornando o processo ágil mesmo quando há rotatividade na equipe ou mudanças de escopo.

Simplicidade gera confiança na análise de dados.

Respondendo à dúvida de muitos usuários: e se houver outros valores repetidos?

Se o número que você deseja encontrar também aparecer mais de uma vez (por exemplo, dois “5” depois de vários zeros), a função MENOR irá considerar todos eles, seguindo a ordem de aparecimento no conjunto. Isso pode ser útil ou não, dependendo do objetivo. Se precisar pegar sempre o primeiro valor que não seja zero, independente de repetições, essa lógica continua funcionando perfeitamente.

Quando usar esse tipo de abordagem faz a diferença?

  • Grandes tabelas de monitoramento de acessos e vendas;
  • Relatórios que mudam com frequência;
  • Planilhas com muitos valores zerados e alguns resultados válidos;
  • Necessidade de agilizar revisões ou auditorias periódicas.

Na Motim Educação, nosso foco está em preparar os profissionais para resolverem desafios reais da rotina de trabalho, indo além do que é ensinado em métodos de ensino tradicionais. O exemplo do menor valor sem contar zero no Excel mostra como criatividade e pensamento crítico, aliados a funções simples como MIN, MENOR e CONT.SE, podem transformar a produtividade.

Resumo prático para não errar mais

  • MIN retorna o menor valor, mesmo que seja zero;
  • MENOR(intervalo;n) pode não funcionar se houver muitos zeros;
  • Conte os zeros com CONT.SE(intervalo;0);
  • Use =MENOR(intervalo;CONT.SE(intervalo;0)+1) para sempre achar o menor valor diferente de zero.
Automatize, não conte manualmente.

Conclusão: menos repetição, mais inteligência

Ao automatizar essa tarefa simples, ganhamos tempo, reduzimos a chance de erro e garantimos relatórios mais claros, especialmente quando o volume de dados é alto. A lógica que apresentamos é fruto do próprio contato com equipes de RH, T&D e gestores que buscam não só acelerar processos, mas também desenvolver uma visão mais analítica e autônoma das planilhas.

Se quer levar esse tipo de habilidade realmente aplicada aos profissionais da sua empresa, fale com a Motim Educação e conheça nossos treinamentos corporativos. Nossos cursos são pensados para ajudar você e sua equipe a resolver problemas como este sem enrolação, sempre focando em soluções práticas e implementação real nas rotinas das organizações.

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Treinamento para Empresas
Felipe Rochefeller

SOBRE O AUTOR

Felipe Rochefeller

Felipe Rochefeller é sócio na Motim Educação e apaixonado por Treinamento & Desenvolvimento, com forte interesse em metodologias que unem tecnologia, criatividade e aprendizado prático à educação corporativa. Ele dedica-se a produzir conteúdos que inspiram empresas e profissionais a superarem desafios por meio do desenvolvimento de habilidades essenciais no mundo corporativo, especialmente nas áreas de tecnologia, análise de dados e inovação no ensino.

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